sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Alagamentos prejudica comerciantes em comendador soares nova iguaçu

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Alagamentos prejudica comerciantes em comendador soares nova iguaçu

NOVA IGUAÇU -  comerciantes do centro de Comendador Soares. Desde a última terça-feira (20)  Rua Thomaz Fonseca – trecho entre a igreja de São Francisco e a estação ferroviária –  o escoamento na rede de esgoto. Há décadas, o sistema está obstruído e tem sido a causa principal dos alagamentos na via.

Chuva de janeiro castiga Nova Iguaçu

NOVA IGUAÇU - A chuva do último domingo (4) castigou mais uma vez alguns municípios da Baixada Fluminense. Em Nova Iguaçu, bairros como Posse, Caioaba, Comendador Soares, Austin, Cabuçu e Comendador Soares ficaram alagados. A enchente foi causada pelo transbordamento do Rio Botas, cuja limpeza é de competência do Governo do Estado. Em Nova América, na Rua Rodolfo, uma mangueira caiu e atingiu dois cômodos de uma casa. Não houve vítimas. Residências e pequenos estabelecimentos localizados na Estrada de Santa Rita e adjacências chegaram a ter 50 centímetros de água nos momentos mais fortes de chuva.
A segunda-feira foi de limpeza e contabilização de prejuízos na Estrada de Santa Rita. Lojas fechadas e muita lama foi o cenário que a equipe do JH encontrou ao chegar ao local. A típica chuva de janeiro pegou de surpresa moradores e comerciantes da região, principalmente aqueles que estavam fora durante as festas de final de ano.
Logo nas primeiras horas de ontem as equipes da Prefeitura de Nova Iguaçu já estavam nas ruas para limpar a cidade. A Empresa Municipal de Limpeza Urbana (Emlurb) informou que está trabalhando com 100 homens e 38 veículos (oito pás mecânicas e 30 caminhões). A previsão é que sejam recolhidas cerca de 800 toneladas de resíduos em diversos bairros como Austin, Caonze, Jardim Alvorada, Comendador Soares, Mangueira e Posse, entre outros mais atingidos.
O secretário de Defesa Civil e Ordem Pública, Luiz Antunes, explicou que está parado no Ministério da Cidade há mais de dois anos o Projeto Iguaçu, que tem como principal objetivo drenar os rios do município. “Sem esse tipo de intervenção fica difícil, pois qualquer chuva vira uma ameaça para a população. Estamos com 20 homens fazendo o trabalho de rescaldo, orientando e ajudando aos moradores das regiões atingidas. Continuamos nas ruas fazendo nosso trabalho”, concluiu.
Moradores da Rua Naegele Alves enfrentam há mais de 15 anos grandes enchentes. O local passou por uma grande obra de pavimentação há décadas, porém nunca foi realizada a manutenção do trabalho. Os residentes informaram que antes da obra, a água que escoa do morro próximo à rua passava por ela sem causar danos e escorria para a linha férrea que fica no final da via. “Desde que fizeram a obra, nossas casas enchem quando a chuva vem forte. Há dois anos, quando eu estava grávida, cheguei a perder todo o meu enxoval, e ontem, a água passou do joelho”, disse a dona de casa Monalisa Gomes, 23 anos.
Moradores improvisam escoamento
Antônio Carlos é residente da Naegele Alves há mais de 45 anos, e há pelo menos 15 vem enfrentando grandes problemas com enchentes. “Com essa última chuva eu tive pelo menos 50 cm de água dentro de casa, as marcas na minha parede já dão uma ideia da gravidade”, disse o morador. Antônio conta também que, cansados de reclamar e esperar providências do governo, os vizinhos se reuniram e pagaram por conta própria uma obra improvisada para o escoamento. “Há anos fazemos reclamações para que seja feita a limpeza dos bueiros e para uma obra de escoamento. Tiramos R$ 800,00 do próprio bolso para amenizar nosso problema” disse Antônio Carlos.
A rua possui muitos bueiros e saídas de esgoto, porém, segundo os moradores, todos entupidos. “Abrimos para ver as saídas de esgoto, a manilha que já não é grande tinha cerca de 10 cm de espaço livre para a passagem da água escoada. Os bueiros estão repletos de lama, nem nossos manifestos na rua chamaram atenção dos governantes para a solução do problema” disse Antônio Carlos.
Lojas alagadas, inundações e prejuízos

Um dos bairros mais atingidos pelo temporal, que pegou muita gente ainda com a alma festiva da virada do ano, Comendador Soares, também conhecido como Morro Agudo, teve o centro comercial e localidades da periferia castigados. O trecho da Rua Thomaz Fonseca compreendido entre a igreja católica de São Francisco de Assis e a estação ferroviária ficou sob as águas. Lojas comerciais alagadas e pessoas 'presas' dentro de bares marcaram os 60 minutos de chuva torrencial.
Quando a chuva começou a cair, por volta das 15h, 15 pessoas estavam no Bar 44, o mais frequentado do lugar, e tiveram de permanecer sobre cadeiras enquanto a correnteza invadia o espaço. 
"Foi um dos piores momentos que passamos nos últimos anos", disse Diogo Garcia, um dos proprietários do '44', enquanto lutava para desentupir o bueiro frontal ao estabelecimento.
Enquanto curtia praia em Araruama, Maurício do Bazar recebeu telefonema de um amigo informando que sua loja havia sido invadida pela água barrenta. "Voltei logo e quando cheguei pude perceber o tamanho do prejuízo. Foram R$ 10 mil em materiais sem condições de recuperação", lamentou o lojista, que não abriu seu comércio ontem.
O condomínio da Marinha, em Ouro Preto, além de outros locais como Ouro Verde, Jardim Pernambuco, Rosa dos Ventos, Nova Era, Riachão e Rodilândia (no Cacuia), também sofreram o impacto do temporal. "Está um caos e com muitas casas inundadas", informou o líder comunitário Adriano Naval, pelo Facebook. 
Bairro Botafogo, Vila de Cava e o centro de Miguel Couto não fugiram à regra. "Não consegui passar de carro em Miguel Couto. Tive de voltar e esperar a água baixar", afirmou Marcelo Reis, morador de Tinguá.

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