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Alagamentos prejudica comerciantes em comendador soares nova iguaçu
NOVA IGUAÇU - comerciantes do centro de
Comendador Soares. Desde a última terça-feira (20) Rua Thomaz Fonseca – trecho entre a
igreja de São Francisco e a estação ferroviária – o
escoamento na rede de esgoto. Há décadas, o sistema está obstruído e tem
sido a causa principal dos alagamentos na via.
Chuva de janeiro castiga Nova Iguaçu
NOVA IGUAÇU - A chuva do último domingo (4) castigou mais uma vez
alguns municípios da Baixada Fluminense. Em Nova Iguaçu, bairros como
Posse, Caioaba, Comendador Soares, Austin, Cabuçu e Comendador Soares
ficaram alagados. A enchente foi causada pelo transbordamento do Rio
Botas, cuja limpeza é de competência do Governo do Estado. Em Nova
América, na Rua Rodolfo, uma mangueira caiu e atingiu dois cômodos de
uma casa. Não houve vítimas. Residências e pequenos estabelecimentos
localizados na Estrada de Santa Rita e adjacências chegaram a ter 50
centímetros de água nos momentos mais fortes de chuva.
A segunda-feira foi de limpeza e contabilização de prejuízos na Estrada
de Santa Rita. Lojas fechadas e muita lama foi o cenário que a equipe do
JH encontrou ao chegar ao local. A típica chuva de janeiro pegou de
surpresa moradores e comerciantes da região, principalmente aqueles que
estavam fora durante as festas de final de ano.
Logo nas primeiras horas de ontem as equipes da Prefeitura de Nova
Iguaçu já estavam nas ruas para limpar a cidade. A Empresa Municipal de
Limpeza Urbana (Emlurb) informou que está trabalhando com 100 homens e
38 veículos (oito pás mecânicas e 30 caminhões). A previsão é que sejam
recolhidas cerca de 800 toneladas de resíduos em diversos bairros como
Austin, Caonze, Jardim Alvorada, Comendador Soares, Mangueira e Posse,
entre outros mais atingidos.
O secretário de Defesa Civil e Ordem Pública, Luiz Antunes, explicou que
está parado no Ministério da Cidade há mais de dois anos o Projeto
Iguaçu, que tem como principal objetivo drenar os rios do município.
“Sem esse tipo de intervenção fica difícil, pois qualquer chuva vira uma
ameaça para a população. Estamos com 20 homens fazendo o trabalho de
rescaldo, orientando e ajudando aos moradores das regiões atingidas.
Continuamos nas ruas fazendo nosso trabalho”, concluiu.
Moradores da Rua Naegele Alves enfrentam há mais de 15 anos grandes
enchentes. O local passou por uma grande obra de pavimentação há
décadas, porém nunca foi realizada a manutenção do trabalho. Os
residentes informaram que antes da obra, a água que escoa do morro
próximo à rua passava por ela sem causar danos e escorria para a linha
férrea que fica no final da via. “Desde que fizeram a obra, nossas casas
enchem quando a chuva vem forte. Há dois anos, quando eu estava
grávida, cheguei a perder todo o meu enxoval, e ontem, a água passou do
joelho”, disse a dona de casa Monalisa Gomes, 23 anos.
Moradores improvisam escoamento
Antônio Carlos é residente da Naegele Alves há mais de 45 anos, e há
pelo menos 15 vem enfrentando grandes problemas com enchentes. “Com essa
última chuva eu tive pelo menos 50 cm de água dentro de casa, as marcas
na minha parede já dão uma ideia da gravidade”, disse o morador.
Antônio conta também que, cansados de reclamar e esperar providências do
governo, os vizinhos se reuniram e pagaram por conta própria uma obra
improvisada para o escoamento. “Há anos fazemos reclamações para que
seja feita a limpeza dos bueiros e para uma obra de escoamento. Tiramos
R$ 800,00 do próprio bolso para amenizar nosso problema” disse Antônio
Carlos.
A rua possui muitos bueiros e saídas de esgoto, porém, segundo os
moradores, todos entupidos. “Abrimos para ver as saídas de esgoto, a
manilha que já não é grande tinha cerca de 10 cm de espaço livre para a
passagem da água escoada. Os bueiros estão repletos de lama, nem nossos
manifestos na rua chamaram atenção dos governantes para a solução do
problema” disse Antônio Carlos.
Lojas alagadas, inundações e prejuízos
Um dos bairros mais atingidos pelo temporal, que pegou muita gente ainda
com a alma festiva da virada do ano, Comendador Soares, também
conhecido como Morro Agudo, teve o centro comercial e localidades da
periferia castigados. O trecho da Rua Thomaz Fonseca compreendido entre a
igreja católica de São Francisco de Assis e a estação ferroviária ficou
sob as águas. Lojas comerciais alagadas e pessoas 'presas' dentro de
bares marcaram os 60 minutos de chuva torrencial.
Quando a chuva começou a cair, por volta das 15h, 15 pessoas estavam no
Bar 44, o mais frequentado do lugar, e tiveram de permanecer sobre
cadeiras enquanto a correnteza invadia o espaço.
"Foi um dos piores momentos que passamos nos últimos anos", disse Diogo
Garcia, um dos proprietários do '44', enquanto lutava para desentupir o
bueiro frontal ao estabelecimento.
Enquanto curtia praia em Araruama, Maurício do Bazar recebeu telefonema
de um amigo informando que sua loja havia sido invadida pela água
barrenta. "Voltei logo e quando cheguei pude perceber o tamanho do
prejuízo. Foram R$ 10 mil em materiais sem condições de recuperação",
lamentou o lojista, que não abriu seu comércio ontem.
O condomínio da Marinha, em Ouro Preto, além de outros locais como Ouro
Verde, Jardim Pernambuco, Rosa dos Ventos, Nova Era, Riachão e
Rodilândia (no Cacuia), também sofreram o impacto do temporal. "Está um
caos e com muitas casas inundadas", informou o líder comunitário Adriano
Naval, pelo Facebook.
Bairro Botafogo, Vila de Cava e o centro de Miguel Couto não fugiram à
regra. "Não consegui passar de carro em Miguel Couto. Tive de voltar e
esperar a água baixar", afirmou Marcelo Reis, morador de Tinguá.
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