Governador anuncia recursos de R$ 96 milhões para reativar nove reservatórios na região
Maria Luisa Barros
Rio - Problema crônico na Baixada Fluminense, a
falta d’água foi eleita prioridade número um pelo governador reeleito
Luiz Fernando Pezão, no fim de seu primeiro mandato. Nesta quinta-feira
ele assinou contratos da Cedae, no valor de R$ 96 milhões, para compra
de tubulações que permitirão a reativação de nove reservatórios
atualmente fora de operação.
A partir de janeiro, começam as obras para
ampliar o abastecimento em sete municípios da região: Duque de Caxias,
Nova Iguaçu, Belford Roxo, Queimados, São João de Meriti, Mesquita e
Nilópolis. A expectativa é de que tudo esteja pronto em três anos.
Ao
lado de Wagner Victer, o governador Pezão anunciou investimentos para
ampliar o abastecimento em sete municípios da Baixada Fluminense
Foto: Levy Ribeiro / Agência O Dia
“Essa operação era algo que parecia
impossível. Mas mostra que é possível correr atrás dos nossos sonhos.
Quero muito tirar essa obra do papel. Eu vou ser o fiscal. Vocês vão ver
um leão. Em cada cano eu vou estar junto. Quero relatórios semanais”,
cobrou Pezão, se comprometendo com uma das promessas de campanha.
As tubulações fazem parte do programa ‘Água
para Todos na Baixada’, onde está inserido o Complexo Guandu 2, em um
investimento total de R$ 3,4 bilhões. Nesta primeira fase, estão
previstos a instalação de 53 quilômetros de adutoras, a construção de 12
elevatórias e 10 reservatórios (capacidade de 42 milhões de litros) e
assentamento de 406 quilômetros de troncos de distribuição.
Segundo o presidente da Cedae, Wagner Victer, a
previsão é que os novos sistemas estejam em operação em doze meses.
“Esse é o maior investimento em abastecimento de água em uma região
metropolitana num espaço tão curto”, disse Victer, explicando que desta
vez todas as compras e serviços serão feitas em conjunto, para evitar
que reservatórios sejam subutilizados porque não há tubulação para levar
água até eles.
O sistema de reservatório da Cedae na Baixada será incrementado
Foto: Divulgação
“Não adianta ter o cemitério, se o
defunto não chega. Vira Odorico Paraguaçu. Vamos contratar os sistemas
de forma integrada. Antigamente compravam tudo separado. É um como uma
casa que tem porta e não tem telhado. Não funciona”, diz Victer.
Pezão garante não haver risco de apagão ou desabastecimento
Mesmo diante de alertas de apagão ou
desabastecimento feitos por especialistas, o governador Pezão garantiu
que não há risco de faltar água no estado, como vem ocorrendo em
municípios paulistas, afetados pela estiagem. “Hoje não existe risco.
Temos a garantia de abastecimento de água para toda a Região
Metropolitana e o Município do Rio. Temos que combater as perdas de água
e colocar em operação os reservatórios que estavam prontos e não tinham
suas redes ligadas”, disse Pezão.
Em julho, os governos estadual e federal
assinaram com a Caixa Econômica Federal empréstimo de R$ 3,4 bilhões, a
ser captado pela Cedae, para a construção do Complexo Guandu 2, com a
produção adicional de 12 mil litros por segundo. O presidente da Cedae,
Wagner Victer reafirmou a posição do governador de que não haverá crise
energética no Rio: “Estamos iniciando as obras com a água existente.
Estamos nos planejando para qualquer redução
hídrica há muitos anos. Fizemos o dever de casa. Implantamos um Centro
de Controle Operacional,modificamos a captação em sistemas isolados e
modernizamos o Guandu. Logicamente, não quer dizer que as pessoas possam
desperdiçar água”.
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