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Protesto contra morte de professor em Nova Iguaçu
NOVA IGUAÇU - Familiares,
estudantes, professores e toda equipe da direção da Escola Técnica
Estadual João Luiz do Nascimento, vinculada à FAETEC, realizaram na
manhã de ontem, uma manifestação contra a falta de segurança que vive as
redondezas da escola. O protesto foi em homenagem ao falecido professor
de História, Miguel Ângelo Coutinho de Lemos, de 44 anos, que foi
assassinado na noite do dia 13 de janeiro, no bairro Califórnia, próximo
ao Centro de Nova Iguaçu.
Vestindo
camisas com a foto de Miguel Ângelo, e com faixas nas mãos,
manifestantes percorreram diversas ruas do Centro de Nova Iguaçu,
gritando palavras de ordem como: “Educação sim, violência não”, com o
intuito de chamar a atenção das autoridades para que tomem alguma
providência.
Após sair da
Escola que está situada na Rua Luiz de Lima, os manifestantes seguiram
no fluxo do trânsito pela Rua Governador Portela, Professor Paris, Via
Light, Coronel Francisco Soares, passaram pelo calçadão da cidade, até
chegar ao local do crime no bairro Califórnia.
QUEREM SOLUÇÃO
O diretor da
Escola João Luiz, que esteve à frente do protesto a todo o momento
garantiu que se Miguel Ângelo estive vivo e o protesto fosse por outra
pessoa, certamente ele estaria presente cobrando providências. “A
unidade escolar está situada num quarteirão que compreende a Vila
Olímpica, Colégio Municipal Monteiro Lobato, SENAC e o João Luiz, ou
seja, milhares de estudantes passam por este quarteirão diariamente, e
não disponibilizam uma viatura para fazer a segurança, não tem
cabimento”, disse Pedro Willian.
Segundo o
diretor, a comunidade escolar pretende fazer manifestações todas as
semanas, inclusive parando a Via Light - importante via que liga Nova
Iguaçu ao município do Rio -, até que autoridades o convoquem para
conversas e tomadas de decisões. “Essa é a primeira manifestação de
muitas, até que o problema seja resolvido”, finalizou o diretor Pedro
Willian.
Um ex-aluno da
escola identificado como Roger Almeida, de 18 anos disse que já foi
assaltado no entorno da escola, quando ainda estudava por lá. Mesmo não
estudando mais no João Luiz, Roger compareceu ao protesto em Homenagem
ao ex-professor.
Assaltos são frequentes na região
Miguel Ângelo e
Roger não foram as únicas vítimas da violência na região, segundo uma
professora, muitas outras pessoas já passaram por situações não muito
agradáveis, como a professora Andrea Santos, Jufá Esteves e Rose
Ornelas.
Um dia após o
assassinado do professor de história, a professora Rose foi vítima de
sequestro relâmpago e ficou na mira de dois bandidos de 17 anos, até que
o carro foi interceptado por uma viatura policial no bairro Rancho
novo, próximo à via Dutra e os ladrões foram presos. De acordo com a
professora, na ocasião, a dupla a obrigou a dirigir o veículo que era
automático, até que se deparou com uma viatura policial. Com uma arma na
cabeça dela, os marginais mandaram que ela não fizesse alarme, porém,
felizmente um motoqueiro que passava na hora viu toda ação, avisou a
polícia que prendeu os meliantes e a história não teve o mesmo fim
trágico do professor Miguel. “Foi um livramento de Deus. Eu poderia
estar nessas faixas também, mas graças a Deus, isso não aconteceu”,
desabafou a professora.
Investigações em andamento
A Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) é a responsável pelas investigações.
De acordo com
Wellington Vieira, delegado titular, as investigações estão em
andamento, mas por enquanto nenhum suspeito foi identificado.
O delegado
informou ainda, que as testemunhas já foram ouvidas e as câmeras
próximas já foram checadas. Não podem ser revelados muitos detalhes para
não atrapalhar nas investigações.